Recém chegado do Fantasporto, Teknolust - que amanhã estreia - é um filme de ficção científica filmado em vídeo de alta-definição por Lynn Hershman-Leeson; é também, seguramente, um dos filmes mais fracos que estrearão este ano. Tilda Swinton (The Beach, Adaptation), Jeremy Davies (The Million Dollar Hotel, Dogville) e James Urbaniak (American Splendor) dão vida às personagens principais deste produto híbrido que aborda superficialmente temas como a genética, a clonagem e a inteligência artificial. Não existe uma premissa forte e o argumento claramente subdesenvolvido reflecte-se numa total falta de ritmo cinematográfico. Qualquer dos assuntos aqui abordados - cyborgs a pôr em causa a sua condição de máquinas; humanos a apaixonarem-se por cyborgs; os perigos da manipulação genética e da clonagem - já foram debatidos noutros filmes de forma mais pertinente. Como o seu título indicia, Teknolust é desprovido de qualquer conteúdo, cingindo-se apenas à exploração do estilo, dos cenários pseudo-futuristas, de um léxico informático absurdo. O tratamento cromático do filme, bem como algum trabalho das equipas de maquilhagem e guarda-roupa evitam que o filme seja um desastre total, mas nem a presença de Tilda Swinton em quatro papéis distintos consegue afastar Teknolust da mediocridade. A esquecer.
Classificação: 3/10