Tobey Maguire adquiriu os direitos do romance de David Benioff sobre as últimas 24 horas em liberdade de um traficante de droga mas coube a Spike Lee realizar, segundo argumento do próprio Benioff. O elenco é notável, constituído por Edward Norton, Philip Seymour Hoffman, Barry Pepper, Rosario Dawson, Anna Paquin e Brian Cox. 25th Hour foi um dos primeiros filmes a retratar uma Nova Iorque pós-11 de Setembro. Activista convicto, Lee não evita planos de bandeiras americanas e rufar de tambores, palavras de raiva contra Bin Laden ou cenários adjacentes ao Ground Zero. Mas 25th Hour consegue ir mais além ao mostrar uma América subtilmente soturna, naturalmente abalada, e evocar uma poderosa mensagem de esperança que encontra a sua apoteose na arriscada cena final que, ao primeiro impacto, parece despropositada e absurda. Mas não é. Oferece-nos palavras e imagens de esperança, numa história trágica sobre a procura desesperada de redenção; de uma redenção impossível, porque não se pode mudar uma vida - definida por anos de escolhas e opções - em 24 horas apenas. Um filme maturo do realizador de Do the Right Thing, Malcolm X e Clockers, sempre agradável de rever.
maio 10, 2004
«25th Hour» - redenção no séc. XXI
Tobey Maguire adquiriu os direitos do romance de David Benioff sobre as últimas 24 horas em liberdade de um traficante de droga mas coube a Spike Lee realizar, segundo argumento do próprio Benioff. O elenco é notável, constituído por Edward Norton, Philip Seymour Hoffman, Barry Pepper, Rosario Dawson, Anna Paquin e Brian Cox. 25th Hour foi um dos primeiros filmes a retratar uma Nova Iorque pós-11 de Setembro. Activista convicto, Lee não evita planos de bandeiras americanas e rufar de tambores, palavras de raiva contra Bin Laden ou cenários adjacentes ao Ground Zero. Mas 25th Hour consegue ir mais além ao mostrar uma América subtilmente soturna, naturalmente abalada, e evocar uma poderosa mensagem de esperança que encontra a sua apoteose na arriscada cena final que, ao primeiro impacto, parece despropositada e absurda. Mas não é. Oferece-nos palavras e imagens de esperança, numa história trágica sobre a procura desesperada de redenção; de uma redenção impossível, porque não se pode mudar uma vida - definida por anos de escolhas e opções - em 24 horas apenas. Um filme maturo do realizador de Do the Right Thing, Malcolm X e Clockers, sempre agradável de rever.