No momento em que The Passion of the Christ é já o 18º filme mais rentável de sempre no mercado norte-americano, a película de Gibson encontra agora um problema de distribuição do mercado francês. Marin Karmitz, presidente da Associação Francesa de Distribuidores e responsável máximo pela MK2 - umas das principais cadeias de distribuição/exibição independentes - afirmou recusar-se a passar o filme nas suas 10 salas - que contam com um total de 58 telas - por considerar o filme mera propaganda fascista.
Está levantado o véu da censura? Se bem que Karmitz tem o direito de escolher os filmes a serem projectados nas suas salas, a atitude proibitiva não deixa de revelar também algum fundamentalismo baseado numa apreciação pessoal da obra. Talvez estejamos hoje, passados 2000 anos, perante a mesma intolerância que Gibson retrata no seu filme. Não obstante, o público francês poderá ver The Passion of the Christ noutras 480 salas do país, já a partir de 31 de Março.