Nascemos na década de 70 e partilhamos a paixão pelo cinema. Somos amantes da 7ª arte. Quer queiramos ou não, pertencemos a uma geração Spielberg, que é como quem diz, também, a uma geração Coppola ou Scorsese. Com eles crescemos e com as suas filmografias cresceu o nosso fascínio pelo mundo mágico do cinema. Não despertámos com Welles, Kurosawa ou Godard. Fomos, sim, descobrindo novos cineastas e diferentes filmografias à medida que crescíamos. Conhecemos os clássicos e o cinema não ocidental. Criámos novas referências e escolhemos filmes fetiche afastados da lógica de produção Hollywoodesca. Não obstante, são inevitáveis as nossas raízes no cinema norte-americano de décadas não muito distantes. Não somos elitistas. Gostamos do cinema europeu e asiático, assim como gostamos do americano. Somos capazes de tirar proveito de um filme mainstream de Hollywood ou mesmo da lógica do blockbuster. Por vezes, gostamos até de filmes maus; e não temos vergonha de o admitir.
Não gostamos particularmente de blogs, mas neste formato encontramos a facilidade de fazer algo que nos fascina e que temos feito, de uma forma ou de outra, em variados suportes ao longo do tempo: escrever sobre cinema, de forma despretensiosa. Não nos consideramos críticos. Escrevemos com paixão e gostamos de reflectir sobre as imagens que vemos. Tentamos ser honestos e não ser redutores. Afinal, conhecemos também o peso da crítica sobre o resultado do processo criativo. Ficam então as deambulações; sobre os filmes, sobre a indústria, sobre o mercado...